Por que o Bitcoin caiu tanto na última semana?

Francielle Ampolini
3 min readMay 25, 2021

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Por que o Bitcoin caiu tanto na última semana?

China reprime mineração do Bitcoin e Elon Musk suspende os pagamentos com a moeda.

Na última semana, o Bitcoin saiu do seu reinado da super valorização e corrigiu quase 50% em horas.

Dois motivos que estimularam a queda foram a repressão da mineração da moeda e de sua negociação por parte da China e também o posicionamento de Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, que tem grande influência sobre a moeda.

Primeiro, vamos entender o Efeito Elon Musk:

Desde quando o Bitcoin disparou após Elon Musk colocar “#Bitcoin” na bio do seu perfil no twitter, em janeiro deste ano, a moeda tem tido suas variações influenciadas pelos posicionamentos do empresário.

O tweet, na época, fez a comunidade cripto superestimar e aplaudir a confiança que Elon Musk vinha trazendo à moeda, o que o tornou uma grande referência de impulsionar positiva ou negativamente as flutuações que as criptomoedas têm.

Em março, Elon Musk anunciou que aceitaria Bitcoin como forma de pagamento na sua empresa de carros elétricos, a Tesla.

No entanto, dois meses depois, na primeira quinzena deste mês, voltou atrás e anunciou também no seu perfil do twitter, que iria suspender os pagamentos com a moeda, em razão dos impactos ambientais causados pela mineração do Bitcoin.

O tweet foi:

Tweet | Conta pessoal Elon Musk

A decisão foi em razão do consumo intenso de energia para fazer a mineração da moeda.

Apesar da preocupação, depois do anúncio, Elon Musk foi repudiado pela comunidade cripto. Investidores, usuários e entusiastas alegam que a decisão não passou de manipulação e especulação de mercado para que a moeda corrigisse e Musk conseguisse alocar ainda mais seu patrimônio na moeda, por um preço mais baixo.

Mesmo com o alerta de Elon Musk sobre a necessidade de ter fontes limpas de energia para o Bitcoin ser minerado, de acordo com uma pesquisa da Galaxy Digital, o sistema bancário dos 100 maiores centros do mundo, que envolvem emissão de cartões de crédito e todo o aparato eletrônico de pagamentos é o que mais consome energia do planeta, com 263 TWh(Terawatts-hora) de energia por ano.

A pesquisa intitulada “O consumo de energia do Bitcoin: uma abordagem quantitativa para uma questão subjetiva”, em livre tradução, mostra que o Bitcoin representa apenas 43% do que o sistema bancário global consome.

Fonte: “On Bitcoin’s Energy Consumption: A Quantitative Approach to a Subjective Question”

Além disso, segundo estudo da Universidade de Cambridge, 39% da mineração total do Bitcoin no planeta já é feita com energia limpa.

O segundo ponto é o efeito China

Na semana passada, o governo Chinês proibiu que as instituições financeiras negociem e ofertem serviços com criptomoedas. Isso obviamente repercutiu no mercado e fez com que as moedas tivessem uma queda.

A medida, porém, não proíbe que os investidores e a população em geral mantenha criptoativos já comprados.

Vale lembrar que a maior parte do hash rate, que é a taxa de mineração do Bitcoin, se concentra na China. É o que mostra um estudo da Universidade de Cambridge:

Fonte: Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index

Como a China proibiu a oferta de serviços com criptomoedas e reprimiu a mineração nessa última semana, o processamento da moeda acabou ficando também comprometido, já que diminuiu a quantidade da moeda em circulação.

Apesar da correção, essa semana a moeda mostrou recuperação e no momento deste artigo está em R$ 202.449,47.

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